quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Precisamos falar sobre a febre

Vocês leem os posts que transpiram tranquilidade, com o modo "deixa a vida me levar" ligado e devem pensar "Nossa, como a Naruna é calma, super de boa, relax..."...porém não, hein, minha gente? Há duas coisas com que eu sou bem psicopata: alimentação e febre. Sobre a primeira, um dia eu volto a falar. Hoje o foco é mesma essa segundinha aí, essa fulaninha aí. 

As correntes homeopáticasantroposóficasrelaxosóficas podem dizer o que quiserem, mas eu tenho um certo pânico de febre. Sei que é um resposta normal do corpo aos invasores de treta. Eu já li, pesquisei, meditei e percebi muito em relação, só que não adianta. Ajo calmamente enquanto o meu interior trava uma batalha entre não baixá-la a todo custo e achar que é melhor medicar logo antes que suba demais. 

Se formos falar de febre por febre, a primeira vez que a Malu fez uma foi ao tomar as vacinas dos 2 meses. E pronto, essa eu desconto. Aliás, desconto todas as que sejam em decorrência de vacinas porque, vejam bem, eu sei a causa. Não medico, não surto. Deixo ela fazer o seu trabalho. 

No milionésimo episódio febril: só o colo salva
Com 3 ela teve uma bronquiolite. O quadro foi outro. Imagine acordar de madrugada com o bebê gemendo, colocar o termômetro e aquilo apitar 40,5ºC. Já narrei tudo aqui com a devida dramaticidade. O atendimento dela nas urgência esteve focado em fazer ceder o raio da febre que não ia embora por nada, para preocupação das enfermeiras e meu desespero. Creio que foi nessa altura em que fiquei traumatizada. Os outros sintomas pareciam menores, tanto que eu sequer os tinha percebido. A febre, para mim, era a doença, o mal, a causa da internação. 

Passado o susto, foram largos meses sem nada. O termômetro sempre a marcar 36,7ºC, 37ºC, no máximo. Como é doce a vida...como foi...até outubro, quando foi aberta a temporada de doenças 2014/2015. Desde então, ma friends, já perdi as contas de quantas vezes a febre veio. Sabem o que me deixa mais tensa? É que ela vem primeiro, anuncia que dias de tormenta estão a caminho. Geralmente, só quando ela cede ou passadas umas boas 24 horas é que conseguimos saber qual a moléstia da vez. Até lá..."será que é pneumonia? será que é catapora? meu deus, será que é febre aftosa?" e, felizmente, têm sido só aquelas viroses estúpidas e uns resfriados, uns 157 resfriados. Com esse vasto leque de bichezas, a Malu já teve febre baixa, mas que a deixa completamente abatida, a febre que só a deixa abatida quando passa dos 39ºC e aquela que chega aos 40ºC com ela completamente elétrica, tudo isso dependendo muito de como o organismo dela está e o tipo de vírus que veio dessa vez.

Devo surtar muitas vezes ainda, mas, como disse, aprendi coisas que me fizeram tentar encarar isso da forma menos louca possível. Então, deixo aqui alguma dicas:

- É bom avaliar a temperatura sempre na mesma parte do corpo. Se for na axilas, mantenha. Se for no rabinho, mantenha também.

- Eu avalio sempre via retal e, vejam bem, é uma temperatura mais alta do que a real. Pode variar de 0,3ºC a 1ºC. Dou um desconto de 0,5ºC. Então, para mim, só passa a ser febre acima dos 38ºC. Os últimos médicos que nos atenderam só têm considerado a partir de 38,5ºC (O que deixa fumaçando! Como assim a criança tem 38,1ºC há 3 dias e eles desconsideram????)

- Cuidado com a medicação, até porque ela pode mascarar os outros sintomas e retardar um diagnóstico. Só recorro a esse recurso se estiver muito alta ou se ela estiver muito abatida.

- Pés e mãos frios durante o estado febril são normais! Eu não sabia disso e achei que fosse sinal de uma convulsão. HAHAHAHAHAHA O que acontece é que a febre faz um caminho pelo nosso corpo e o último lugar em que ela chega é nas extremidades. Se estão frias é porque o caminho não está completo e ela ainda vai subir.

- Banho frio não! No máximo, 2ºC abaixo da temperatura do corpo do bebê. Não que eu ande medindo temperatura de água..pfff...Deixem-na tépida. Água gelada em corpo quente (além de ser uma tortura filha da mãe a qual fui submetida várias vezes na vida) é risco grande de choque térmico. A temperatura pode descer bruscamente também e aí sim, vir uma convulsão.

- Compressas mornas na testa, nas axilas e virilhas ajudam a fazê-la baixar. Nada de álcool.

- Hidratar é super importante! A febre desidrata. Oferecer líquidos sempre.

- Deixá-la com menos roupa quanto possível pra temperatura não subir muito

- Avalie o estado geral da criança. Febre acima de 39ºC em um bebê com menos de 6 meses é médico. Sem desespero, mas médico. Nos maiorzinhos, é bom prestar atenção no surgimento de outros sintomas. Às vezes até o excesso de roupa faz a temperatura subir demais. 

- E calma, né, gente? Isso é pra vocês e pra mim também que ainda estou aprendendo a ser menos febrofóbica. Acho que no dia que ela, sei lá, deslocar algum osso ou tiver uma hemorragia nasal vou achar que a febre não era nada demais. Não que eu prefira que aconteça isso...não...não...UM OSSO DESLOCADO NÃO! MALU, NÃO! 


2 comentários:

  1. Oi Romana!
    Até hoje tivemos apenas um estado febril nas vacinas de dois meses. Mas acredito que se acordar de madrugada com 40,5° eu surto também, e nem sei praonde vou, já que marido trabalha à noite. Que a fadinha das febres nos livre de episódios assim!
    Agradecida pelas dicas, todas anotadas na pastinha do "tomara que nunca precise".
    Bjinhos

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    1. Olá Tamires!
      Tomara que nunca precise mesmo, não pra 40,5º hahahahahaha As febres, no geral, são inevitáveis. Mas caminhando e cantando damos a volta nelas, não é?
      Beijooo!

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